Eu aprendi a ser só, aprendi a ser dependente de mim.
Vivo uma vida tão corrida, correndo atrás dos meus sonhos, que nem sobra espaço para um novo amor.
Eu fiquei tanto tempo sozinha com meus próprios interesses, que esqueci de aproveitar de uma das maiores virtudes da vida, o Amor. O medo de viver um novo amor frustrado me consumiu por inteira que perdi a noção desse lado, perdi o "Time", perdi o interesse em outro alguém. Perdi o olhar doce, perdi até as borboletas do estômago.
Tanto tempo que eu não sinto meus pés flutuarem em um beijo, em um olhar, eu perdi realmente esse lado da vida, eu aprendi a ser tão sozinha que meu coração se fechou para um novo morador, só recebe visitas. Ando tão só, que quando alguém realiza uma gentileza, meu interior gera um sinal de desconfiança e desconforto, desaprendi a ser amada, desaprendi a receber elogios, gentileza e carinho.
Sou tão cheia de mim, que não dou espaço para ser amada por alguém, meu "amor" é suficiente.
Não me permito ser abraçada, não me permito ser vulnerável ao tal do amor, só de imaginar que isso mostraria uma parte de mim, na qual eu escondo na mulher que eu construí durante esses anos, me faz sentir pequena. Quando na verdade o amor nos faz grande, mas eu tenho medo de me entregar a um amor que talvez possa me ferir, minha alma grita só de imaginar passar por isso. Pode ser um sentimento estúpido, mas a mulher que me tornei, não me permite ser vulnerável, não me permite errar novamente.
Eu aprendi a ser tão só, que me sinto nada quando penso em um amor, é que aprendi a caminhar sem ninguém do lado, aprendi a viver assim por medo de Amar e Ser amada. Meu coração anda tão fechado, que esqueci como é ter um coração aquecido e regado com amor.
Me desculpe, mas a mulher que me tornei não sabe mais como amar e ser amada.